Numa Noite Qualquer

Segue a noite… a madrugada,

Já não brilha a triste lua;

Nem percebo que a alvorada

Lança os lumes pela rua.

Ouço pássaros tristonhos

Em cantigas tão sentidas;

Permaneço preso aos sonhos,

Mas com as reais feridas.

Penso nela, penso em tudo,

No meu quarto escuro e frio…

Me conservo calmo e mudo

Ante o mundo tão vazio.

Fecho os olhos confiante

Que meu dia está chegando;

E, assim, por um instante…

Me levanto e vou levando…

21 de Abril de 2013