Sementes da Floresta

Extrema, quase ofuscante

Flores reunidas , exuberante

Num instante, semblante

De chuvas ao norte, desnorteante

Vale de ouro, esquecido pelo luar

A luz é convidada a ficar

Eternamente, quase sempre está

Divergindo lares, árvores e mar

Silêncio imerso em pequenas palavras

Ares nossos, floresta viva, convidativa

A felicidade, saciedade, despedida

Solo novo, fruto antigo, velha vida

Galhos secos, folhas caídas pelo vento

Soprado, pouco intenso, silenciado

Consentimento, perfeito sofrimento

Dias retornam, retornavam, retornaram

Sopro gelado, gélido, mortal, imolado

Em decadência, consciência distinta

O sol ofuscava um sepulcro ao norte

Na floresta, sementes do passado

Memórias, medos, presságios e mortes

Liberta, a semente da alma germinou

Nascera um fruto desconhecido, temido

Acinzentado, como uma semente de opressão

Fez renascer, o novo ciclo da paixão

Enterrar velhos, mortos sofrimentos

Para que nasçam renovados, rendidos

Num infinito, eternizado caixão...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 04/05/2013
Reeditado em 29/05/2014
Código do texto: T4273095
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