Desespero
O sono não vem a noite
Só me vem o desespero,
Triste, sozinho e calado
Sofrendo em meu cativeiro
Faltam-me as palavras
Tudo é escuro e nebuloso
Sinto-me preso eternamente num pesadelo horroroso
Corro sem ir a lugar nenhum, no final chego ao abismo
Não sei para onde estou indo, nem mais sei de onde vim
No desespero em que me encontrou nem sei por que estou aqui,
De repente ouço um barulho, um estrondo assustador,
E gritos desesperados para ampliar meu terror
Eu fujo correndo ao esmo, em meio a escuridão
Tudo o que tenho se vai e sinto que luto em vão
Quando a luz salvadora se mostra ao alcance de minha vista,
Quando um resquício de esperança surge em meu coração
Eu corro desesperado atrás da minha salvação
Mas caio dentro do abismo que estava em meu coração
Eis que o desespero se apossa da minha alma
E fico a esperar um mão amiga que me resgate
Que me salve deste desespero que sobre meu peito se abate,
No fundo espero um remédio para a angustia que me invade.