OLHOS TRISTES...
Sidneya - 22/10/88 - 23:42hs - s. paulo - bela vista(rui barbosa)
Oh! dor maldita...
Que me abrasa o peito e se faz ferida
Queima cá dentro, qual grande fornalha
Devorando a minh'alma...
Oh! dor maldita...
Tu tens-me cativa do pranto e da dor
Eu sou tua escrava, alada às correntes
Tronco de amor...
Oh! dor maldita...
Vens de um olhar que é tão triste
Vens de murmúrios em horas felizes
Vens da esperança, que em mim inda existe
De que olhos tristes, tão tristes pra mim
Cheguem sorrindo, dizendo felizes
-Os meus olhos tristes, não mais te serão
Tão tristes assim...
Oh! dor maldita...
Tu vens no silêncio, dos mais belos momentos
Cortando carícias... beijos... fadigas...
Ilusões perdidas, que ainda podem brilhar
E nesses instantes, essa dor tão ferina
Que quase alucina... querendo ficar
Arranham sangrando, os meus pensamentos
Em forma de lágrimas, pra face banhar.
Oh! dor maldita...
De maldita, és bendita, me fazendo chorar
Pois tu és a dor, da perda, do medo
De toda esta grande certeza
Que encontro naquele olhar...
Oh! dor maldita
És tão forte e profunda
Me pões moribunda, ao vir me encontrar
O que ainda não sabes, oh! dor maldita
É que... quando tu chegas
Aumenta a certeza, do quanto eu posso
Ainda... o amar...