MORTO VIVO
Como lâmina afiada em suas entranhas
Produzindo dor dilacerante
E sangue a jorrar no mesmo instante
As memórias doloridas e sombrias
Os fatos penetrantes e sisudos
E os eventos corriqueiros e agudos
Assolam aos sobressaltos o seu ser
E matam sua vida, o seu brio
Tirando aquela paz que pensa ter
E agora é como morto
Exalando fedor e solidão
E escondendo o horror da decomposição
Em máscaras coloridas e vivazes
Pois são vários os personagens
Que representa com maestria
Dependendo da situação e hora do dia
De repente, o morto vivo agonizante,
Tira a máscara tenaz
E contempla no espelho, seu pálido
E já disforme semblante
Quem sou eu?
Pergunta-se no mesmo instante
Sou apenas sombra do que fui antes
Então, na escuridão da alma moribunda
Onde vivem tristezas tão profundas
Escondido atrás da humilde decisão
De mudar o próprio coração
O vívido e ardente Silêncio,
O autêntico e intenso Amor
ANDERSON MARCELO MACEDA 22/04/13