MORTO VIVO

Como lâmina afiada em suas entranhas

Produzindo dor dilacerante

E sangue a jorrar no mesmo instante

As memórias doloridas e sombrias

Os fatos penetrantes e sisudos

E os eventos corriqueiros e agudos

Assolam aos sobressaltos o seu ser

E matam sua vida, o seu brio

Tirando aquela paz que pensa ter

E agora é como morto

Exalando fedor e solidão

E escondendo o horror da decomposição

Em máscaras coloridas e vivazes

Pois são vários os personagens

Que representa com maestria

Dependendo da situação e hora do dia

De repente, o morto vivo agonizante,

Tira a máscara tenaz

E contempla no espelho, seu pálido

E já disforme semblante

Quem sou eu?

Pergunta-se no mesmo instante

Sou apenas sombra do que fui antes

Então, na escuridão da alma moribunda

Onde vivem tristezas tão profundas

Escondido atrás da humilde decisão

De mudar o próprio coração

O vívido e ardente Silêncio,

O autêntico e intenso Amor

ANDERSON MARCELO MACEDA 22/04/13

ammaceda
Enviado por ammaceda em 18/05/2013
Código do texto: T4296168
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.