Minha Ofélia
Ó minha Ofélia...
Tão bela, tão pura. Não se perca na solidão de meus pecados.
És jovem e linda. Não se suje em meus braços, que não poderão lhe jurar nada.
Ó minha Ofélia. Não se entregue a mim, sou um sátiro maligno que jamais a bendissera.
Ó minha querida. Não se desgrace em meus lábios amargos e frios.
Vá embora! Há você ainda há salvação, há mim, somente o devaneio da redenção.
Não permita que essas mãos podres lhe toquem ou acariciem esse corpo claro.
Há mim, só resta o castigo de viver. Há mim não cabe mais a ilusão de ser virtuoso.
Mas há você Minha Ofélia, há ainda á chance de ser santa.
Não se perca em mim, se me ama como a amo então me odeie.
Ó minha Ofélia...
Não coloque sua fé em nós.
Por mais que suas orações não estejam corrompidas.
Meus pecados jamais serão absolvidos.