ÁRIDO SILÊNCIO

Doe-me quando o silêncio é árido

Espaço criado na argúcia do destino

Esse capcioso senhor do amanhã

Regente que é de minhas horas

Facínora entranhado no tempo

Onde tu insistes em olvidar-me

Como a ter ojeriza do que nem foi

Como a desdenhar do que seria

Como fosse um enigma teu sociolecto

Doe-me quando o silêncio é árido

Onde não há espaço para reflexões

Apenas o passar de horas mortas

E cada segundo é mais que um século

A torturar toda minha concupiscência

E parece que o usas como teu nemésico

Tornando meus momentos uns energúmenos

Quebrantando todos os meus paradigmas

Pela dissonância de tuas superficiais verdades

Formatadas pelo lasso de teu incógnito laço

Por tua anuência no que tange a esse prognóstico

Porta de entrada de todo esse teu maniqueísmo

Da muralha erguida sobre os meus pressentimentos

www.recantodasletras.com.br/autores/leilson

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 21/08/2013
Código do texto: T4445230
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.