PLÚMBEO POEMA

O dissabor percorre-me as veias, quando invade-me

A brisa saudosa, bagunçando reminiscências;

Segredando ilusões, desfeitas num estalar de dedos.

Olho em minha volta... Você partiu! Torturando-me,

As marcas em relevo acusatório,não aquietam em meu âmago.

Em meu peito sinto o peso de um coração dilacerado

Que insiste em manter-se vivo e contrariar as leis do vazio.

Num tosco delírio, no ápice da sofreguidão e loucura,

Possuída pela dor, atentei contra as leis que regem a vida,

Na tentativa vã de arrancar vestígios do grande amor

que tornou-se paixão maldita impregnada em minh'alma.

Ah amor... Como sinto tua falta! Disseste que jamais me

Esqueceria, em suas últimas palavras embaraçadas...

Em meio as nossas lágrimas, que misturavam-se na despedida.

E hoje, não represento para você nada... Nada além de um trapo,

Não mais que um traço, nas linhas de um plúmbeo poema,

sem pontos ou rimas, amassado e lançado ao chão no quarto,

Por pena de pô-lo no lixo, ficara esquecido... Por ti desprezado.

Christinny Olivier
Enviado por Christinny Olivier em 30/08/2013
Código do texto: T4459202
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