Em meio ao alarido
Meio que triste o orvalho
chora em gotas a suas mágoas
melancolia envolve a alma
escuridão se faz no caminho.
Tarde escura sem sol
adormece o cão sem alarido
vozes... Muda somente vento
trás a face dos esquecidos.
Beija a dor na face inimiga
gozo de expressão sentida
pela mão que apunhá-la a vida
tirando sangue a ferida.
Grita! Faça em meio ao alarido
seu grito de dor e atrevido
envolva sua face rubra
ao encontro de uma vida.
Que procura com seus gritos
passar a dor sentida
que em meio aos alaridos
fica que esquecida.