Destroem

Destroem-se as vaidades em pouquíssimos segundos. Colocam-nos em

insustentáveis e tristes mundos. Descolorem sem quaisquer cerimônias, as belas paisagem pintadas com tanta estima nas imediações de minhas vastas e dolorosas lembranças.

Nossas casas se desmoronam com apenas alguns empurrões. Nossas idéias arremessadas em profundos vulcões. Ultrapassam todos os limites cabíveis para vermo-nos humilhados sob os seus pés imundos, sob afiadíssimas e vorazes lanças.

Arremessam em poços sem fim, todas as nossas expectativas. Arquitetam enormes barreiras, dificultando as nossas iniciativas

Todos os objetivos que traçamos a partir do nosso entendimento de vida, vão sendo postos um a um à beira de inúmeros precipícios.

Dilaceram o nosso ego sem quaisquer titubeações. Zombam dos nossos fracassos e recriminam as frágeis ações. Em pouquíssimos dias, ou até mesmo em horas, vão criando fortes raízes pelos arredores dos nossos suplícios.

As nossas vontades são diminuídas por olhos reprimíveis. Seus atos são perspicazes, altamente imprevisíveis. Perturbam de forma categórica, todas as nossas sólidas estruturas, e transformam em cinzas, os nobres que habitavam um lindo lar. A insegurança apodera-se de nossa alma, encurtando os nossos trajetos. Nossas ruas viram cenários de guerra, e aniquilam os nossos projetos O riachos de repente extinguem qualquer sinal de vida, e as lamas ocupam o lugar do grandioso mar.

Os sonhos mais almejados se distanciam a absurdas velocidades. Há somente um negrume encobrindo as longas tardes. As raízes do pavor surgem pelos meus pés e vai se apoderando sem nenhuma dificuldade do meu trêmulo corpo. Não existem mais sorrisos despencando das faces sem vincos, macias e felizes. Somos conduzidos por forças colossais e incertas diretrizes. A alma sai amargurada de um indivíduo sem luz, jogado ao pé da cama, ao ser lentamente morto.

Alexsandro Menegueli Ferreira- 29 de Outubro de 2013