Poema à toa

Estou fazendo este poema,

Como quem nasce do nada.

Sem nada e sem dilema,

Como quem não tem problema,

Um amante sem namorada.

É como ave que não voa,

É como desilusão.

É um poema à toa,

É uma voz que não soa,

Nem entoa uma canção.

É alegria sem riso,

Sol em plena solidão.

Um jardim sem paraíso,

Ser humano sem juízo,

Um pecado sem perdão.

O poema já existe,

E é só pra lhe dizer:

- Sou pássaro sem alpiste,

Agora estou muito triste,

Porque não tenho você.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 21/04/2007
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