A dor pela partida inesperada e pela não despedida. Até um dia, minha amiga, no tempo de Deus...

Há dias em que a dor

Como um navio singrando os mares,

Rasga-nos a alma, dilacera-nos o ser

Silencia-nos a vida.

Nesses momentos talvez nos reste

Apenas chorar, esvaziar o invólucro

Deixar dormir todo sonho

Para que o tempo amenize, mesmo que pouco,

A dor, e nos coloque em mente a saudade, 'inda que doída

Resquício dessa ferida aberta

Desse vazio impreenchível

Junto à certeza de que, para os que dormem

Não há mais sofrer, só a espera

Pelo tempo de Deus que os guarda

Em sua infalível lembrança

Até o momento em que chamará...

E em nós, até lá, a saudade permanece.

Pois o amor nunca esquece

Nem tampouco deixa de amar...

(João 5:28,29) "Todos os que estão nos túmulos memoriais (na memória do criador) ouvirão a sua voz (de cristo) e sairão para uma ressurreição"...

Em memória a uma amiga que adormeceu na morte.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 30/11/2013
Código do texto: T4592699
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