Plantada em solo árido.

Raízes ressequidas

Quase morta seiva

Insistindo em um viver sem vida

Perde-se em si mesma

Nessa vida erma

Deserto de ser

Não há sobrevida

Nem esperança

Só uma insistência sem razão

Nesse tórrido solo

Onde a morte deixa seu cheiro

Onde um pássaro agourento ronda

Nos ares depressivos de densas nuvens

Anunciando tempestade que talvez

Desarraigue de vez ou a refaça...

E de tempestade em tempestade,

Sobrevivendo às estiagens, vive a velha árvore...

Nesse deserto mórbido.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 04/12/2013
Código do texto: T4598494
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