A última dose

Abandonaste minha criação, imagem;

passes de mágica, em pedra se vê,

um selvagem pobre endurecido.

Enterre-me na areia, merecidamente

Após todos esses anos ainda sou o mesmo,

um triste e amargo homem.

Vivo na poeira e o calor do nordeste

Minhas esperanças caem em ódio desprezível

Então me diga e repita comigo, é uma miragem

A luz que você transcendeu,

desaparece na estrada em que viajamos juntos,

na busca do ouro mais contemplado por nós

No ultimo gole de rum,

já se estende o pano preto,

coberto de rosas e uma pitada de terra...

Na última bituca de cigarro,

transcendem as cinzas e a fumaça da cremação

Um adeus no ar

Nada para oferecer, nada a dizer,

então digas que é um sonho, uma miragem.

Então digas que estou bem

Juliano Barros N Martins
Enviado por Juliano Barros N Martins em 14/12/2013
Reeditado em 14/12/2013
Código do texto: T4611812
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