SILÊNCIO INCONTIDO

Às vezes desejo o silêncio tocando minha alma

O silêncio das gotas de orvalho caindo sobre a relva

Do vento de encontro às folhas secas soltas ao vento

Do silêncio que invade e envolve o túmulo dos vivos

O silêncio que afaga e germina no que me é inconcebível

O silêncio preso em nossos mais secretos humanos instintos

Que desmistifica e desnuda o que está contido no óbvio

O silêncio que se infiltra nas sendas de nossas angústias

Que se agiganta em nossas inefáveis e minuciosas incertezas

Que navega na circularidade de nossos indeléveis pensamentos

O silêncio que brota na catarse de tantas divagações interiores

Às vezes desejo o silêncio tocando minha alma

O silêncio que transpassa como flecha nossa vã “Statusfera”

Nossas mais imbecis insensíveis e umbráticas certezas

O silêncio do prelúdio de tudo que precede nosso amanhã

Que transpira o mais factual sentido em nós por nós contido

Esse silêncio resiliente contido no ontem hoje e amanhã

O silêncio transeunte em meio aos caminhos sem destinos

Às vezes desejo o silêncio tocando minha alma

O silêncio que me faz enxergar claramente o mais invisível em ti

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 23/01/2014
Código do texto: T4662018
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