Para que viver...

Até parece que eu sabia

de minha vida o que restou.

Mil versos na poesia

é nada mais que sou.

Meu pensar sublinhado

em sangue e tinta.

Entre as colinas gravado.

Não há nada que eu não sinta.

Faço parte da multidão

Que Deus no mundo colocou.

Cada um com seu coração,

mas nada mudou.

O mesmo sol e lua

do começo até o fim.

A verdade nua e crua.

Deus quis que fosse assim.

Vou me despir

de tudo que tenho.

Não sei para onde vou,

nem da onde venho.

Helmuth da Rocha
Enviado por Helmuth da Rocha em 02/02/2014
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