Da condição do incerto

Jamais serei a imagem escarrada em firulas num provador

Em 3x4 minha imagem se perde

Ofusca a pele

Alegoria aclamada aos photoshops e alcoviteiros

Que sem destreza cambaleiam

Vagando sobre telhas

Versos sem sentido, é o que eu vivo

Simplesmente não receio em escreve-los

Muito menos vivê-los

Sou uma fração de tudo

um pouco ou quase nada que aglomera e faz tumulto

De pés descalços olho a minha volta

Vejo o nada

Por isso, sem me preocupar com a ruptura

Do que me foi inserida como pessoa dentro dessa cultura

Sigo escrevendo

E quer saber,

É o mínimo que faço

Sandra Frietha
Enviado por Sandra Frietha em 12/03/2014
Reeditado em 10/04/2014
Código do texto: T4726419
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