POR CAMINHOS TÃO DIVERSOS


Fui até onde as lembranças
Permitiram-me chegar...
Porém a dor da saudade
Começou a transbordar
E o pranto banhou-me o rosto
Sem que eu pudesse evitar.

Mas se a dor desta saudade
Machuca-me o coração
É porque na realidade
Eu jamais lhe disse não!
Tentei transformar o pranto
Que às vezes me faz chorar
Num suave e doce canto
Para quem quiser cantar.

Mas às vezes, e eu admito,
Misturar os sentimentos
E o que na verdade sinto
É que esse meu sofrimento
Entristece-me, e revolta.
É mal que não quer sarar...
E por mais que eu mande embora
Ele teima em retornar!
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Num apelo silencioso
Eu busco me resignar
Mas fala alto o desgosto
De não ter como ocultar
E eu me perco de novo
Lamentando-me a chorar...
Andando sem rumo certo
Escondendo a minha dor,
Por caminhos tão diversos

Sem ilusão, sem amor.