plantas mortas no quadro negro
distraido no meio de um pequeno lago de sonhos poluidos
entre meio aos poucos sapos fedendo a sopa de letras doentes
um poema escrito por um sonho gritando palavras tristes na boca do lixo
restos de uma vida desenhada com as cores da guerra
um prato de comida jogado na prisão
alimentando o suor frio do pecado
um gole de vinho barato
e uma mesa repleta de lutas por um dia de chuva
mas nada e real
tudo que a alma plantou neste planeta vai virar apenas lixo
que as lagrimas de deus vomitaram no rio dos monstros pedintes
olho para as letras
e acabo escrevendo outro bolo de chocolate amargo
na casa do outro lado da historia
outro louco sonha com uma roupa verde
e uma medalha de ouro
mas os verdadeiros sonhadores não podem abrir as portas para que os doutores das letras douradas cantem a vida de verdade
a poeira de estrela
leva a bela e doce loucura para o ventre da santa pecadora
mundo dos vermes de terno de linho
mundo das palavras podres
na boca do padre
anjo mau
anjo mau
quero apenas sonhar com dias de sol.