Letícia Ariane

Letícia morreu

pobre menina

era pobre mas tinha sonhos

as vezes ela passava bem ali perto

com sorrisos Letícia era alegre

não brinque com armas

ela é má pode tua meninice matar

morreu Letícia

pobre de nós nossa maldade nos engana

era menina agora se tornou um anjo

na cabeça não! Letícia como poderam fazer isso

na minha rua passava a novela

era seis horas da tarde

pra Letícia um adeus nos treze pra catorze anos

Brasil porque se morre tanta gente?

eu me lembro que foi tão antipático

quando morre um alguem é que aprendemos a amar

menina tão bonita

era pobre mas a sua desventura

nos abandonou num Verão

Verão que passou de folhas secas

suspiro com tantas perdas e nenhuma glória

Letícia morreu e morre-se com ela os corações

queria tanto aprender mas eu vou aprender

porque se a morte leva embora as crianças

a nós pobres vitimados ela não poupará jamais não!

Letícia dorída não mais se ouviu o coração

no alto Santa Rita se percebe uma humilde fé

nos terços benditos rosario mas uma vida não

quando um pobre morre é tristeza profunda

alegre foi Letícia mas quem matou por bricadeira foi a prima

não brinque com armas as Letícias

não deixem ó pais e entendam uma verdade sublime

arma em casa ou na mão de duas grandes amigas

pode findar sem Verão

sem Verão Letícia agora tu vai

quem poderá acabar com as dores dos pais

ela foi levada nos braços

ensanguentada carregaram ó sem folego

parou de bater um meigo coração

se alegra menina se alegra

na terra dos homens existe pavor e injustiça

mas com a luz aos seus olhos teu sorriso minha amiga

carinhos de amor irá eternamente raiar

Letícia o sono venho

um horrendo pesadelo

mas pequena flor

cante dance brinque cresça

e nos ensine que mesmo sendo menina

morrendo por ser uma vitima

os homens desistam de a morte fabricar.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 24/07/2014
Reeditado em 24/07/2014
Código do texto: T4895102
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