Ao fantasma de tua presença, que me assola e me encanta: Adeus!

Mal te postas, de novo escorres, pelos degraus, entre os dedos.

Sempre me foges quando te sinto assomares à penumbra

Que me possui desde o rasto de tua partida primeira.

Foste um sol, uma efêmera, um lampejo cadente...

Foste um raio qualquer que me riscasse a alma.

Hoje és fio de um regato da esperança fria.

Mas vai-te, leva o estrépito do teu riso,

Leva no teu seio o sabor do incerto

E no bojo o sabor do meu beijo,

Que de teus lábios bebesse

Do mais cálido néctar.

Vai-te, amor, floreia,

Entre as tulipas,

Os girassóis,

E volta.

Éder de Araújo
Enviado por Éder de Araújo em 18/09/2014
Reeditado em 18/09/2014
Código do texto: T4967310
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