AS FLORES DE PLÁSTICO DURAM MAIS

Lamento ao ver como as flores estão no canteiro,

Elas se encontram com o semblante triste,

Não me dão nenhuma esperança cega;

Suas pétalas caídas não revelaram confissão alguma_

Sem me importar com os espinhos que ferem,

Eu as pego com as minhas mãos macias!

Negra visão que invade o dia a me magoar

Nos passos silenciosos que dou por entre a escuridão_

Sombras ocultando os sonhos ainda por sonhar,

Neste tempo a assustar-me no cotidiano do dia a dia...

Raios lampejantes que surgem fugazmente,

Obrigando-me a render-me à esta escuridão imediata...

Um pouco de curiosidade e a porta se abre...

O meu “eu” se deixa aprisionar nas tentações da carne_

Fraco, exaurido, deturpado, consumido de vontade...

Ó sonhos amaldiçoados de figuras imaginárias,

Escuridão lhes cobrindo de profanação,

Lágrimas afogadas nas tristezas anteriores...

Minh’alma profundamente triste canta a vossa morte_

Desesperado eu volto para dentro do meu tempo...

Espalho vossas pétalas para que não me atormente,

Quando sozinho eu estiver perdido em caminhos escondidos

Dentro em mim sem vossa companhia_ busco outro destino,

E minha voz ecoa um lamento pela vossa partida...

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 14/10/2014
Código do texto: T4999077
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