A morte da alma

Viver nessa escuridão

É morrer poucos a poucos

Como se o mundo fosse em preto e branco

De chorar e ninguém ouvir os meus prantos;

Sentir uma dor intensa em meu peito

Sinto que tenho uma dor,

Que não tem cura

Viver nessa extrema amargura;

Vivo chorando com meus aborrecimentos;

Viver neste terrível sofrimento;

Estou pouco a pouco morrendo;

E sinto uma vertigem.

E caio nas calçadas quando as pessoas passam por mim

E alguém se importa?

Quem vai se importa com quem vive nas ruas?

Já senti que não sou humana;

Mas eu sou mais humana quem diz “ser humano”

Uma criança me pediu um o meu único pedaço de pão

A lágrima rolava em meus olhos;

Queria que alguém tivesse compaixão desta criança;

Que alguém pudesse renovar as esperanças desta criança;

Supliquei a Deus para que alguém viesse adota-la,

Imediatamente vejo um casal vindo em direção dela;

E para a minha sorte vejo um sorriso no rosto daquela pobre criança;

E peço ao casal para que eles dessem um lar harmonioso para ela;

E eles levaram a criança para sua casa.

A criança era órfão de pai e mãe

Eu fiz que me prometessem para que eles mudassem a vida dele.

Eles juraram que sim, que iam fazê-la feliz.

E que era sonho deles ser pais;

Eles queriam formar uma família;

Nessa hora eles apertam a minha mão

E eu acabo morrendo ali mesmo.

O ser humano só tem uma coisa a ser sua de verdade

A própria morte.

Thauane Martins
Enviado por Thauane Martins em 25/10/2014
Código do texto: T5011916
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.