A morte da alma
Viver nessa escuridão
É morrer poucos a poucos
Como se o mundo fosse em preto e branco
De chorar e ninguém ouvir os meus prantos;
Sentir uma dor intensa em meu peito
Sinto que tenho uma dor,
Que não tem cura
Viver nessa extrema amargura;
Vivo chorando com meus aborrecimentos;
Viver neste terrível sofrimento;
Estou pouco a pouco morrendo;
E sinto uma vertigem.
E caio nas calçadas quando as pessoas passam por mim
E alguém se importa?
Quem vai se importa com quem vive nas ruas?
Já senti que não sou humana;
Mas eu sou mais humana quem diz “ser humano”
Uma criança me pediu um o meu único pedaço de pão
A lágrima rolava em meus olhos;
Queria que alguém tivesse compaixão desta criança;
Que alguém pudesse renovar as esperanças desta criança;
Supliquei a Deus para que alguém viesse adota-la,
Imediatamente vejo um casal vindo em direção dela;
E para a minha sorte vejo um sorriso no rosto daquela pobre criança;
E peço ao casal para que eles dessem um lar harmonioso para ela;
E eles levaram a criança para sua casa.
A criança era órfão de pai e mãe
Eu fiz que me prometessem para que eles mudassem a vida dele.
Eles juraram que sim, que iam fazê-la feliz.
E que era sonho deles ser pais;
Eles queriam formar uma família;
Nessa hora eles apertam a minha mão
E eu acabo morrendo ali mesmo.
O ser humano só tem uma coisa a ser sua de verdade
A própria morte.