Despedida!!!
Partidas que não adiamos, mesmo anunciadas.
Dores que não controlamos.
Nem evitamos.
O concreto ditando ritmo, direção, ao abstrato.
Versos (des) alinhados, em esperanças que se teceu “fio a fio”.
Água límpida de sonho presente, tua lembrança nunca ausente.
Saudade lado a lado com o respirar intenso, és tesouro encantado jamais naufragado.
Apenas guardado.
És tanto que nem sabes porque não acabas.
Nem te perdes.
Açucenas doces por colher flores silvestres.
O rio a correr para o mar a que sabes quando, um grito rasga o tempo.
Num lamento mesmo surdo, agita os meus sentidos, onde me abato.
Se escureceu o meu reverso, oposto do avesso.
O chão que suporta os passos.
Este tempo que me toma o sabor do tempo, sem tempo.
O gotejar, passando impassível.
Sem me olhar.
Sem escutar meu grito.
Sem tocar meu choro.
A dor que anestesia o pesar dos dias, no espaço vazio e os sonhos esses desfeitos… a alma que grita por mais uma migalha de tempo que acaba!
Palavras de pedras, em mim morrem todos os versos.
Saudades imensas meu Pai, meu espelho.
Deixou um vazio!!!