ELA ME SEGUE AONDE VOU

A vida parece tão distante
Uma estrela além do infinito...
Tanta dor o tempo todo
Como consigo?

Uma agrura que me faz tremer...
Se penso em morrer?
Não, não tenho força para isso
Prefiro aguardar...
Saber que de prontidão
A morte está em emboscada

Tranquiliza...
Mesmo que seja pra continuar em outro lugar
Ao menos aqui a dor acaba, termina

Ignoto sentimento
Não se sabe se é um amor perdido
Um tempo falido...
Um sonho escondido...

Tenho um oceano de lágrimas em mim
Mas para elas também não tenho força...
Não tenho o poder de chorar...
Fracos são esses olhos que parecem fortes ao mundo
Ah! Soubessem quão perdido estou em declínio profundo...

Talvez seja o amor que não encontrei
algo que não perdi, uma batalha que não travei
Talvez foi toda a aleivosia que me abraçou...
Todas as pontas cravadas nas costas
Talvez eu Sou o que restou do proditório que me esfaqueou ...

Não sei, não me lembro onde pela ultima vez chorei...
As vezes penso que seja a inércia da vida...
sem ter o que conquistar, pois tudo já é conquista...
Não adianta, essa fraqueza em deplorar
As vezes penso que seja por não ter mais onde chegar!

As vezes penso, e pensar é trazer para junto
a estrela distante, mais longínqua que o desejo da vida...
Um fio de coragem nasce... E assim ergo-me, e prossigo
Olho para os céus, respiro, sorrio e clamo:
-Fale comigo!

Silêncio é o que ouço do sagrado
É confortante, é como olhos atentos me velando
na escuridão que ando entre precipícios...

Caminhos tortuosos e solitários
Na esperança de ser cumprido meu direito inviolável
Não preciso correr atrás dela, ela me segue aonde vou...
Morte, morte, morte... Leal, há de um dia me abraçar
E não mais o barulho no sagrado silêncio há de me ferir
E no fim minhas lágrimas, o tredo, talvez, há de chorar por mim
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 30/10/2014
Reeditado em 30/10/2014
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