Vítimas do amor

Quem pode definir

O que se mostra dentro de mim

Uma sensação de estranha natureza

Que parece faltar plena clareza

Mas, questionamentos se levantam

O certo e o errado por fim clamam

Qual das vertentes estará a prevalecer

Cabe ao tempo, por fim, dizer

Como não julgar tal momento

Que faz me um ser prevento

Ao analisar, pondera ser egoísmo

Magoando outrem, agindo sem altruísmo

Por fim, se vê refém de um erro

Que muitas vezes sorveu por inteiro

Por amar e ser enganado

Sabe a dor que enfrenta o ser magoado

Eis que a premissa não quer calar

Terás o direito de se deixar amar

Sem nada ofertando, recebendo e ignorando

Um autor, ou vingança de antiga dor....

Entre versejo e lamento, se entrega ao desalento

Triste e descontente, acaba descrente

Por saber que não vive algo de valor

Culpa a falta de reciprocidade

O que julga ser amor