Minha imaginação

Minha imaginação poética
surgem das entranhas
dos sertões ressequidos
da minha terra.

Terra sem mãe e sem pai
terra órfã e sofrida
que só a catingueira e o mandacaru
resiste à secura do sertão.

Terra seca sol inclemente
estradas poeirentas
e fogo que sai do chão.

E do fundo das crateras
soam vozes suplicantes
manda chuva pro sertão!

E os galhos ressequidos
se levantam como braços
clamando a Deus proteção.

E até os passarinhos
migram deste sertão
a terra fica tão seca
só o juazeiro resiste
a secura do sertão.

Das profundezas
elas clamam, água!
Estou sedenta!
Cai chuva nessas crateras
para matar esta sede.

Porque nas minhas entranhas
a tristeza é tão grande
porque de mim nada brota
a não ser esta poeira
que entristece este sertão.

De: Terezinha C Werson/ Maceió
Terezinha Werson
Enviado por Terezinha Werson em 01/12/2014
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