Sobre despedidas

Na despedida eu moro

Sem querer me faço dono

Dono de mim mesmo

Pois outros o tempo se faz lembranças.

Todo dia me apego

E depois eu desapego

Pois as coisas mudam

O tempo volta e meia pede tal querer.

O porque eu me indago

Pois sempre me acabo

No meu lamentar hostil

Mas cada dia entendo

Que isso se faz necessário

Numa necessidade sem triz

La vem o presságio do abraço e o aceno infeliz.

É mais um cravado em meu coração

É mais um que fomenta meu chão