Do cais que não vejo mais

E se o cais desabar

não é a toa que ouço essas vozes.

Percebo que sustento no ar

as velhas anedotas atrozes.

Conhecendo o que sou

sou capaz de imaginar

na vocação subestimada

velhas velas rasgadas.

O barco aponta para a direção que não quero ir.

Tento desviar o caminho, não sou forte

me obrigando um destino sem sorte

olho para trás, não vejo mais o cais.

Esse vento que me obriga a velejar,

não saio do lugar apenas afundo.

Precisava entender o que quero do mundo

e traçar sozinha minha rota de vagabundo.

Jéssica Orth
Enviado por Jéssica Orth em 03/05/2015
Reeditado em 12/05/2015
Código do texto: T5229292
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