O grito confuso de uma poeta que aprendeu a ter segredos
E em meio as minhas mentiras
Entre os beijos das minhas meninas
E dos tais garotos
Minha mente se cala e guarda meus segredos
Se não fossem tais mentiras, do que valeriam minhas verdades?
Nunca existiram verdades
Nem memórias
Não existiria relevância
As verdades machucam
As mentiras abraçam e curam
E falam, criam histórias
A verdade se cria através de inverdades
Não existem verdades numa alma jovem
As mentiras se constroem por instinto
Elas são necessárias
Como o ar
Do que adiantam tais verdades
Se você, priva-se do universo,
Na flor da idade
E não tem histórias para lembrar?