CONFISSÃO



Meu tempo segue por rumos incertos
Nem faço ideia aonde vou chegar.
Foram tão poucos os sonhos que realizei
E tantos que se perderão no final da estrada!
O que fazer com tantos que ainda tenho?
Meu peito dói por já não ter direito
De nem ao menos poder reclamar!

Sou tão sozinha e isso me dói tanto!
Tento esconder os sonhos que ainda tenho.
Já não consigo transformar meu pranto
Num doce canto e sofro esse tormento.
Queria tanto esconder no canto,
Os sonhos lindos que me povoam os dias!
Não fico triste por envelhecer;
É a lei da vida!

Mas me entristece ter sido tão só!
E isso faz o coração doer...
A vida me negou tantos direitos
E nem o tempo espera pelos nossos sonhos...
Os outros não me importa se não mais vivê-los,
Se só me restar tempo para os desenganos.