Poema do vampiro

De imaginar meu futuro ao lado de alguém.

Porque não consigo me libertar do passado?

Esqueci de viver, de me apaixonar e de amar.

Porque quando dei por mim já não possuía mais coração.

É tarde,

Estou sozinho numa pulsante dor macabra

Profanando os lagos onde vive a mais clara e pura água.

Não queira eu censurar florestas tão puras e virgens.

Minha sede,

São a vil personificação de meus demônios.

Que me devoram a cada instante com iniqüidade

Angústiando o silêncio na bela noite negra e gélida.

Meus olhos me iludem,

Meus sentimentos me dominam

E fazem minha alma gemer.

Eu a ouvi gritar por socorro.

E os gritos eram sussurrados, aveludados.

Quase alucinógenas.

Nessas palavras ficam as mágoas da alucinante angústia

Que empreguinou meu ser.

Raimundo Souza
Enviado por Raimundo Souza em 08/08/2015
Reeditado em 19/05/2019
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