ESPINHOS
Sou os dois, não apenas um
O visível e o invisível
A palavra sentença que ordena
Um olhar na palma da mão
Que não se decifra
Pedindo a pele para enrugar-se
Ordeno aos poros que se fechem
Se os pregos da bota ferem meus pés
Ainda posso decifrar a dor
Um grito oculto e um caminho tão grande
As mãos ainda acenam, apontam
Uma jornada cheia de mistérios
Interpretação legível e sentida
Apenas os pregos da bota
Que vão ficando pelo caminho!
...
Pedro Matos