ATROPELADA INFÂNCIA

Conta-me dos teus pesadelos

Medo de uma noite qualquer

Senta assustada na cama

Olha-me e já sei o que quer

Relata-me fatos da vida

As dores da tua infância

Seu pai, o monstro da noite

Marcava mais uma criança

Assustada, nada dizia

Apenas cedia, medrosa

A mãe ou não sabia ou fingia

Achava que ela estava manhosa

Com os olhos cheios de lágrimas

Seguia para a escola sozinha

Por traumas, ficava no canto

E chorava, bem mais que sorria

Crescia tão amarga da vida

Aprisionada a tanto pavor

Frustrada, só queria meninas

Até ironicamente encontrar o amor.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 15/11/2015
Código do texto: T5449642
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.