Ninguém em um alguém

Sentimento amargurado

Colocado no peito

Em uma noite qualquer

Em que deitei no deleito

De um seio cortado

Que escorria ao invés de leite

Uma lágrima de coração magoado

Apertado em meu corpo

Coração solitário

Com facas de dois gumes

E mãos frias

Que ao pegar o coração

Deixou congelado

Ninguém é feliz

Sobre o céu com um sol

Que não aquece aquele

Que encostado na calçada

Dorme todas as noites

Ninguém se conhece

Profundamente ao ponto

De dar a própria vida

Em temor de uma morte

Repentina

Mesmo ainda que a palavra tenha dito

Ninguém é capaz

De amar verdadeiramente

Em algum alguém.

gliard tavio
Enviado por gliard tavio em 04/07/2007
Reeditado em 04/07/2007
Código do texto: T551927
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