Mágoa Renomada
Do vinho que bebes
Não beberei
Do teu olhar estonteante
Recordo-me da boca em que me amarguei
As festas de devaneio
Recatam os seus anseios
De quem sem a bebida
Era um augusto da história
Sem vãos, nem prantos, muito menos assola
Vivia em Bonança
Com pensamentos beduínos em multiforma
Se encontrava dolente
Em cima do banco da finda
Uma alma já dormente
Perdida na utopia
Somente quebranto
Eis que me espanto
Sem debulhar lágrimas
Macabrou-se do sedutor
Maliciou a própria vida
Espalhou nevoeiros de dor na cidade
Quem passavas na calçada do amor
Sentia na pele plagas de rancor
Fugindo dos fulgores e dos quimerais
Plantadas as florecidas nos quintais
Via-se uma cousa a denso
Que espantava o calor nas amplidões do imenso
Todo o coração intemerato ficava sem a sua resposta
O mal celeste e terrestre fez estrago, com toda a glória
Glorioso é o senhor, falecido com visionários
Mas que possuído, encantava a memória do povo com retalhos.