Mágoa Renomada

Do vinho que bebes

Não beberei

Do teu olhar estonteante

Recordo-me da boca em que me amarguei

As festas de devaneio

Recatam os seus anseios

De quem sem a bebida

Era um augusto da história

Sem vãos, nem prantos, muito menos assola

Vivia em Bonança

Com pensamentos beduínos em multiforma

Se encontrava dolente

Em cima do banco da finda

Uma alma já dormente

Perdida na utopia

Somente quebranto

Eis que me espanto

Sem debulhar lágrimas

Macabrou-se do sedutor

Maliciou a própria vida

Espalhou nevoeiros de dor na cidade

Quem passavas na calçada do amor

Sentia na pele plagas de rancor

Fugindo dos fulgores e dos quimerais

Plantadas as florecidas nos quintais

Via-se uma cousa a denso

Que espantava o calor nas amplidões do imenso

Todo o coração intemerato ficava sem a sua resposta

O mal celeste e terrestre fez estrago, com toda a glória

Glorioso é o senhor, falecido com visionários

Mas que possuído, encantava a memória do povo com retalhos.

Emanuela Dilkin
Enviado por Emanuela Dilkin em 09/02/2016
Código do texto: T5538691
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