Rosto Algum
Rosto Algum
Olhando sempre para baixo, sempre para o alto,
para os lados, para longe e no vácuo...
Arrasta-me daqui, para o embaraço.
No fundo do precipício em um mundo angustiado...
Fujo de um anjo que me persegue, que me atrai,
deste ser inviolável,
traços que perturbam, que tiram o sossego,
nos amordaça e nos enche de desespero.
Hoje está aqui e amanhã, pode estar lá.
Perigoso a mudança do vento e sua direção,
navega entre as sete nuvens,
sem caminho e preocupação.
Sorriso não é o teu melhor bem,
os olhos, não os quero meu bem.
Como um ser mestiço,
deixa de existir também.
Sobrevoa os tempestuosos corações,
de dias incertos.
Indecisos e modestos,
como o imprevisto de um acidente...
Dissimulando com as faces em um final sem fim...