ENTRE A CANÇÃO E O PRANTO




Quisera, ainda que triste,
Às vezes quase a chorar,
Não esquecer que existe
Canção para se cantar.
E são tantas as canções
Que a muito eu aprendi
Quando cheia de ilusões
Algumas até escrevi...
Às vezes entristecida
Cantando pra não chorar,
Algumas quase esquecidas
Relembro e ponho-me a cantar.
Tento substituir o pranto
Que teima em lacrimejar
E transformo a dor em canto
Para meus sonhos ninar...
Algumas vezes consigo
Ninar o meu coração,
Que sonha junto comigo
Através de uma canção.
E é assim que eu prossigo,
Tentando aplacar a dor
Que permanece comigo
No lugar de um grande amor.