O trem logo vem.

Não há palavra a ser dita

no vão espaço de tempo

em que a donzela dormente grita

em sonhos de vida, tormento.

A escuridão do vazio espera

a única vaga do dia

em que sozinha lampeja

raios unidos à esfera.

Contar a história é posto de quem assiste

vê-de a menina correndo triste

não há príncipes mais nesse globo

e todo menino é visto como bobo.

Abrir o livro e pensamentos vêm

dignos trilhos e angústias têm.

Quantos segredos elegem alguém

faz-se santo e dignifica o pranto.

Espera bem

e o trem logo vem.

Jéssica Orth
Enviado por Jéssica Orth em 26/04/2016
Código do texto: T5617367
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