A alma de um escravo africano ( Dedicado ao joão )

Aprisionado em selas

Roubado de sua pátria

Negros como á noite em selas

Torturados pela saudade atormentadora e magoa

Que em seus peitos nasce e os dilacera-os

A lágrima de um ato oculto...

A dor expressada em forma de água e atos

A magoa doida se arqueja

Em um lampejo

O chicote estrala

Nas costas negras com os ossos a flora

E o sangue derramando-se

Sangra, sangre sofra

Castigo de seus ' senhores'

Abandonados traidos

Errantes

Se encontram-se sem pátria

Um mundo desconhecido

Maldito dinheiro corrompe a mente

Agonio-me nessa sela

A cultura estranha me aprisiona

Em jaulas

Fome eu sinto eu sinto...

Por fim morro

Com meu cachimbo e mente

Hoje retorno e curo

O neto do homem branco que me açoitou

Hoje sou um espirito