Nada...
Queria entrar, numa caixa bem escura
Não ter acesso,não ver a rua,e assim ficar.
Passar a vida,em brancas nuvens.
Quem sabe,não "marcar"...
Nem encontros,nem despedidas.
Nem festas,nem casamentos,nem batizados...
Eu podia,ter vivido,diferente.
Eu não morri,mas me sinto...
Um pouco morta,um pouca torta,
No meu jeito de pensar.
Dói no meu peito,uma dor estranha
Dor de gente grande,dor tamanha
Que chega a arranhar por dentro.
Dá uma vontade,de ficar sozinha
Relendo,tudo que eu já "fiz"nessa vida.
Dá uma vontade imensa,de abraçar meu pai...
Olhar, aqueles olhos verdes,e assim ficar.
Quieta,protegida...
Como se eu ainda fosse criança,
A sua maior "herança",no seu jeito de me olhar.
Talvez,isso...nem seja poesia.
Seja lá o que for,veio de mim...
Então vou deixar assim mesmo.
Uma pausa.
Um vazio.
Um "nada",tão meu...
Que nem nome tem.