Soneto findo de inverno
Meu coração amanheceu em prantos,
Lágrimas de orvalho caem da alma.
Hoje é dia de deixar que os cantos,
Solfejem uma melodia fria e calma.
Sons doces ecoam pelo vento álgido,
As folhas secas giram em maestria.
Vou caminhando nesse dia gélido,
Semeando meu canto de agonia.
Não há calor de primavera que aqueça,
Nem flores que adocem minha sina.
O inverno de uma alma peregrina.
Enquanto a doce primavera se aproxima,
E todas as cores começarão a florescer.
Minha alma chora antes de adormecer.