Descanso

Quando ponho meu crânio

A repousar no travesseiro

Eis que fito o pior dos males

Meu demônio passageiro

Quantos anos eu lhe encaro?

Quantos anos eu não saro?

Quantas eras ele me consome

Como se tivesse fome?

São tantas dúvidas essenciais

Que me furtam toda paz

E o sono caminha junto

Para abismo inconsequente

No qual sofro pela mente

De que é feito a ansiedade

E seus tantos outros efeitos?

Há quantos dias

Que eu sofro em inúmeros jeitos?

Só me resta

Repousar meu crânio no travesseiro

E rezar

Para que meu demônio seja de fato

Passageiro.

PPFL
Enviado por PPFL em 14/11/2016
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