Flores de velório

No meu peito nascem

Flores de velório

E minha cabeça tem sido

Um cemitério de pensamentos mortos

Meu corpo é movido a cocaína

Suando um suor alcoólico

Minhas lágrimas secaram

No fogo à fumaça do cigarro

um amor torto que perdi

Outro amor mentiroso que vivi

injusto foi não viver

O terceiro amor que me apareceu

La fora a chuva cai

Aqui dentro uma goteira de sangue

Escorrendo dos meus pulsos

Duas doses de coragem

Pra fazer um corte profundo

Tão profundo quanto

Este fundo de poço que me meti

Sendo profano aos olhos de Deus

Mentendo em todas as mulheres que vi

Um anjo me lançou uma corda

Mas eu preferi

Dar a mão pro diabo

E morrer assim.

Leandro C Sbrissia
Enviado por Leandro C Sbrissia em 31/03/2017
Reeditado em 19/04/2017
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