Meus pulsos

Acordei sem saber,

Como fui para ali?

Meus pulsos jorrando sangue

Minhas lágrimas eram vermelhas

Estava só,

No cinzero um cigarro aceso

eu tragava e não queimava

Um cachimbo ao lado da pedra de crack

Num prato do lado da garrafa de vodka

Parecia a sala da minha casa,

Onde eu adormeci há algumas horas

Um beijo de amor no cachimbo

Impulso do refém

se libertando do cativeiro

Mais um gole pra tomar coragem

Era só eu e Deus

que ja não mais existia em mim

Minha lamina de barbear

E uma dor maudita...

...acordei

Meus pulsos jorrando sangue

Acordei do surto,  liberto da dor

Preso na sala, ja fazem tres dias

Olhando meu corpo apodrecer

Em cima do sofa onde eu

Fodia a mulher que amava.

Leandro C Sbrissia
Enviado por Leandro C Sbrissia em 17/05/2017
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