Sombras

Perdido fico quando a luz não mais perdura

Tudo muda de repente

Angústia e aflição sempre presentes

A testa fria e a pele pálida na lembrança...

A vontade de gritar, xingar, voltar,

Poder reverter o irreversível horror “não humano”

Esbravejar, esbravejar, esbravejar até o coração aliviar

Mas não alivia. O peito apertado revela o sentimento

Ao olhar o abismo negro do esquecimento

A única coisa que dela resta

É a dor viva e lancinante

O vale das sombras Senhor

No entanto, sabes que sou pó

Pó se achando tão gente

Vivendo uma vida inconsequente

À força me tiras a ilusão

E mostras o que não quero ver

Somos apenas sombras que vêm e já se vão

ammaceda
Enviado por ammaceda em 18/05/2017
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