Sombras
Perdido fico quando a luz não mais perdura
Tudo muda de repente
Angústia e aflição sempre presentes
A testa fria e a pele pálida na lembrança...
A vontade de gritar, xingar, voltar,
Poder reverter o irreversível horror “não humano”
Esbravejar, esbravejar, esbravejar até o coração aliviar
Mas não alivia. O peito apertado revela o sentimento
Ao olhar o abismo negro do esquecimento
A única coisa que dela resta
É a dor viva e lancinante
O vale das sombras Senhor
No entanto, sabes que sou pó
Pó se achando tão gente
Vivendo uma vida inconsequente
À força me tiras a ilusão
E mostras o que não quero ver
Somos apenas sombras que vêm e já se vão