Pranto
Chora a gota transparente de paz
Salgada de amor
Ácida de dor
Afiada de paixão
Cruzando os campos poros
Transmutando emoções
Cruéis.
Poliniza a efêmera sutileza do toque
Rasga, primitiva e pura
O véu tênue da ilusão
Segue os passos ardilosos
De quem já não encontra mais razão
E por tropeços loucos e roucos
Sereno é acreditar no ponto final
Alucinado e marginal
Na ruína do fim do caminho
Na delícia gritante e singela
Onde a gota se seca
E o pranto desfaz.