Pranto

Chora a gota transparente de paz

Salgada de amor

Ácida de dor

Afiada de paixão

Cruzando os campos poros

Transmutando emoções

Cruéis.

Poliniza a efêmera sutileza do toque

Rasga, primitiva e pura

O véu tênue da ilusão

Segue os passos ardilosos

De quem já não encontra mais razão

E por tropeços loucos e roucos

Sereno é acreditar no ponto final

Alucinado e marginal

Na ruína do fim do caminho

Na delícia gritante e singela

Onde a gota se seca

E o pranto desfaz.

Beatriz Moraes
Enviado por Beatriz Moraes em 15/08/2007
Reeditado em 19/05/2014
Código do texto: T608574
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.