E SÓ...

Vê só! Não reparo mais na lua...

nem mesmo no próprio sol...

Num caminhar sem alma...

Traduzindo uma cara, só.

Não me espelha a face os sentimentos,

Sou apenas o que ousa, no momento,

Um sorriso tão triste e incerto,

Não humano, apenas caricatura.

vê só! Já me rompo na loucura...

No escuro, ente os lençóis...

A demência a se confundir com a calma...

Sem reflexo, apenas os olhos a sós.

Não me digo em meio as horas...

Pois indigno é meu silêncio...

Igual as lágrimas num lenço...

Tão fracas para tanto traduzir.

Vê só! Eis a meia-noite crua...

A insensibilidade raiando em prol...

Da passagem que me cala, impura...

Sobre mais um amanhecer e.... Só.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 08/09/2017
Código do texto: T6108230
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