Auto Status-Quo
[Intro – “Desculpa”]
Falhei em renascer, só me matei cada vez mais
Não li a bula, efeitos colaterais
Nenhum outro remédio vai ser eficaz
Antes eles vinham só na noite
Mas agora me perturbam o dia todo
Antes eram só no pensamento
Agora se manifestam de qualquer modo
Só não me perdi
Porque ainda tenho algo a perder
E tudo que eu tenho a perder
É o que eu nem conquistei
Só o vazio me acolhe
Gritos internos ecoam
Mesmo que a chuva branca me molhe
Tudo que eu fazer vai ser em vão
Um dia tudo isso acaba
O gatilho e o sangue no chão
É só uma fuga mais rápida
Que se da no ápice da percepção
[Parte 1 – “Yiie Dqe Vqp Iudjyte | A = Q, K = A]
Analiso meus sistemas em busca de uma síntese
Palavras que eu conheço não definem meu estado atual
Perdido e fudido em depressão e degradação mental
Isso aqui é sobre mim mas não quero expressa meu pessoal
Meus códigos criptografados me impedem de decifrar meu manual
Ontem tava chovendo e na minha cabeça um vendaval
Não há o que fazer pra que a existência não pereça pois ela é material
Tô odiando o ser humano igual Rorschach
E igual o Manhattan tô querendo ir pra marte
Vejo a realidade como o Comediante
Do céu ao purgatório e agora no inferno
Fazendo o inverso da Divina Comédia de Dante
Alighieri e a alegoria ligara-me à Platão
Sou falso e fracassei no que me fascinaria
Em março não amei nem quem um dia me paria
No almoço um manicômio sem sentido
Repasso num unicórnio que havia sumido
Me retrato como o único corvo que me havia consumido
Pois morri
E inerte eu me vi
Psicodélico sem o uso de drogas
Meus sonhos já morreram e as ideais são retrogradas
Em banhos de rotina minhas atitudes viram sórdidas
E quanto mais eu vivo a rotina mais elas são estupidas
Volto a sanidade mas não quero
Minha insanidade se tornou o meu império
Sem castelo de madeira
Do precipício eu tô na beira
E dessa vez eu vou pular
A esperança dessa vez não vai me parar
Mas infelizmente (ou felizmente) ela parou
Enquanto a falta de lucidez me alucina
Essa maldita doença outra vez me lesiona
O mal do século 21
Resultado do capitalismo, da ganancia e da falha humana
O mal já é comum
Ambientado num organismo cuja falência quebra a telha da limitação profana
Profetas proferem o ódio
Perdedores estão no pódio
Prefeitos só são eleitos pra manter o povo no leito de morte
Preferencias do homem rico pra que o consumismo no teu peito se acomode
E pra que gasta com o fútil você não se incomode
Mas o gasto não é só monetário
E essa luta de classes nunca ajuda o proletário
[[[[[Havia outra parte, mas ela já não faz mais sentido]]]]]