A Pior Distância

Pior distância não há

Do que aquela que chega calada,

Velada, entre desencontros e falsas caras

Medonha distância essa

Que chega aos poucos, mal anunciando que chegou.

Que acaba com o sentimento, mal anunciando que o despedaçou.

Mas juro que tento, tento salvar o que restou,

Mas ao olhar nos olhos daquele que costumava me entender,

Não consigo deixar de notar o vazio de seu interior

Por que por ali, era amor

Agora,mal amizade ficou

E nessa dança interminável de palavras amarradas e brincadeiras sufocadas,

Muitas brigas deixam de ser brigadas

E mais uma vez me sinto uma tola de estar ali e de não me admitir derrotada,

Não tenho culpa de ser tão ludibriada, achando que posso recuperar o tempo

De coisas passadas

Mas se não o recuperar, serei duas vezes magoada...

Quando o estranho vira normal,

Você percebe que sim, a distância virou real...

Adriana Monteiro
Enviado por Adriana Monteiro em 19/08/2007
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